Perrengue de viagem é algo que nenhum viajante quer passar, mas ninguém está imune. Até mesmo os viajantes frequentes e experientes vez ou outra passam por perrengues em alguma viagem.
Eu sou uma viajante que me considero com poucos perrengues na bagagem, mas alguns sempre acontecem, não tem jeito! Então, vou relatar abaixo o perrengue mais tenso.
Vamos lá?
Perrengue no aeroporto de Orly, em Paris
Paris conta com dois aeroportos principais para voos internacionais, o Aeroporto Charles de Gaulle (CDG) e Aeroporto de Orly. Eles estão a uma distância de aproximadamente 45 quilômetros.
Antes
Estávamos (meu marido, minha cunhada e eu) no fim da nossa Euro Trip de 12 dias, onde nosso roteiro foi composto de Paris, Londres, Liverpool e Paris para retornar ao Brasil. Decidimos que nos despediríamos de Paris no último dia do roteiro.
Para retornar de Liverpool para Paris, que não tinha voo direto disponível, fomos para a cidade de Manchester e optamos por “dormir” no aeroporto, uma vez que o voo partiria às 06:45. Devo dizer que essa parte de pernoitar no aeroporto, tirando o desconforto normal de “dormir” no aeroporto e o frio que estava em Manchester, foi OK, sem perrengue de viagem.
Partimos de Manchester e às 09:30 pousamos em Paris, no aeroporto de Charles de Gaulle.
Porém o nosso voo para o Brasil sairia no dia seguinte no Aeroporto de Orly e como não tínhamos encontrado voo de Manchester direto para Orly, compramos as passagens para CDG e, de lá, pegaríamos o transfer que o aeroporto disponibiliza, por um preço extra, para Orly.
E assim, ao pousar no aeroporto de CDG, fomos em busca do transfer para nos levar ao aeroporto de Orly. O plano era: deixar nossas coisas no hotel, tomar um banho e aproveitar o último dia em Paris.
Pegamos o transfer, que custou 18 euros em 2018, atualmente (2020) esse mesmo transfer está 22 euros, e o trajeto que tinha previsão de 40 minutos, acabou demorando cerca de 1 hora e meia para chegar ao Aeroporto de Orly, devido ao trânsito.
Ao comprar o nosso hotel de Orly, sabíamos que ele ficava a cerca de 1,8 km do aeroporto, mas o que não sabíamos é que era uma missão impossível chegar até ele.
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Durante
Saindo do transfer, acionamos o UBER, mas misteriosamente todos os motoristas, e não foram poucos, aceitavam a corrida e depois cancelavam. Tentamos MUITAS vezes e NADA!
Decidimos comprar o bilhete de trem nas máquinas de autoatendimento, única maneira possível, porém elas NÃO estavam funcionando.
Exaustos e cheios de mala, nos restava a opção de ir arrastando as malas por caminhos inóspitos por 1,8 km ou entrar no trem sem bilhete e rezar para não ter nenhuma auditoria no percurso. Optamos pela segunda opção, mas, para nossa tristeza, o trem só ia até parte do caminho. Descemos na última estação que ainda assim ficava há cerca de 1 km do hotel. Tivemos que reunir as forças e ir arrastando as malas até o hotel que parecia que NUNCA ia chegar.
Enfim chegamos ao hotel, exaustos, pois parecia que tínhamos atravessado o próprio vale da morte. Fizemos o check in e fomos para o quarto que era ótimo, muito grande e confortável! Após tomar banho, a possibilidade de enfrentar TUDO AQUILO novamente para ir para Paris aproveitar o último dia, parecia uma ideia loucamente descabida. A única coisa que queríamos era comer alguma coisa e voltar para dormir o resto do dia.
Saímos para comer e percebemos que não tinha sequer UM restaurante aberto! O único que vimos praticamente fechou a porta na nossa cara, sem cerimônia. Fomos nos afastando cada vez mais do hotel e, ao longe, vimos que tinha um shopping center, mas era AO LONGE MESMO. Ele estava no outro lado da rua e não tinha como atravessar, pois era como se fosse uma rodovia. Inclusive, vários carros deram farol para nós, como se quisessem alertar que ali era perigoso. E, de fato, percebemos que um humano a pé não passava por ali há uns bons anos.
Após
Por fim, achamos uma espécie de restaurante e mercadinho português e ele parecia um oásis no meio do deserto. Compramos comida para levar para o hotel e algumas guloseimas extras, pois sair novamente daquele quarto de hotel, antes de ir definitivamente ir para o aeroporto, estava fora de cogitação!
Por um milagre divino, conseguimos pedir um uber e voltar para o hotel são e salvos.
No dia seguinte, acordamos com muita antecedência pois tínhamos medo de não conseguir um uber ou taxi com facilidade, mas o rapaz do hotel milagrosamente nos conseguiu um taxi sem maiores problemas. AMÉM.
Chegamos no aeroporto de Orly e o voo para o Brasil aconteceu sem qualquer outro perrengue de viagem. UFA!
O que aprendi com esse perrengue
Esse foi meu maior perrengue de viagem que poderia ser facilmente resolvido se tivesse escolhido me hospedar em uma rede de hotéis conhecida, como a IBIS, por exemplo, que sempre está em excelentes localizações. Lembro que ao sair do aeroporto de Orly já demos de cara com um hotel dessa rede, se tivesse optado por ele para nos hospedar, nada disso teria acontecido.
Lembro inclusive que o hotel da Rede Ibis era um pouco mais caro, e tinha o quarto menor, do que o hotel que optamos, e esse foi o fator decisivo para escolhermos o outro. Essa é a real tradução para economia porca.
Mas isso faz parte da experiência de viajante e nos deixa mais preparados para uma próxima oportunidade.
Então, a minha dica é: Está na dúvida sobre hospedagem: opte por um hotel de rede conhecida que tenha a melhor localização possível para o custo benefício que está disposto a bancar.
E, claro, para não passar por perrengues maiores, relacionados à saúde, extravio ou atraso de bagagem, sempre contrate o Seguro Viagem.
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Blogagem Coletiva
Esse post faz parte de uma Blogagem Coletiva realizada por um grupo de blogueiros de viagem, onde cada um escreveu sobre sua experiência sobre o tema “Perrengue de viagem”.
Confira abaixo os posts das demais participantes:
- Contos e Encontros: Perrengues de viagem: Parte 1
- Experiência Bárbara: Namíbia, campeã mundial do perrengue!
- Fefa pelo mundo: Perrengue de viagem: Algumas histórias verídicas
- Prefiro Mochilar: Perrengues de viagem: sobre voos e aeroportos
- Só Penso em Viajar: Perrengues de viagem: Uma noitada em Viena
- Viajante Econômica: Perrengues de viagem: como dar a volta por cima
Esse foi o meu maior perrengue de viagem e espero que continue assim!
Me conta, aqui embaixo nos comentários, se você já passou por algum perrengue também ou se suas viagens são sempre na paz.
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18 Comments
Tive uma situação parecida em Varsóvia de não conseguir de forma alguma encontrar um ponto para atravessar a rua! Que ridículo. Em breve na série “Perrengues Bárbaros”!!!
A gente nem imagina que isso seja possível, né? Até passar pelo Perrengue…rs
O importante é dar a volta por cima, literalmente!
So, que agonia! Sair e estar longe de tudo e quase não encontrar lugar para comer! Socorro né? Mas hoje virou história e aprendizado para o planejamento né?
Sim, Dani! Aprendemos e aprimoramos na próxima viagem.
Beijos,
Eu amo a rede Ibis. Acho que teria sido bem mais agradável. Uma dica: só escolha voos com horários bons. Esse de manhãzinha é complicado de pegar. Eu só faço voos após as 10:00 da manhã. Beijos
Esse era o único horário possível para o que queríamos fazer.
Gente, que aventura vcs passaram… o duro é tudo isso cansados e com mala ne? OLha, eu ja tive tantos perrengues que logo escrevo um livro…kkkkkkkkkkk
Exaustos e com carregando várias malas! rs
Mas não existe viajante sem perrengue, né!
Beijos,
amigaaaa, eu to morta com essa historia!! nao fazia ideia e o pior/melhor sei la haha é que cada hora q eu lia eu pensava “agora acabou ne” e ai vc contava mais alguma coisa! Q cansaço!!! haha graças a Deus restou so a historia entao vamos rir ne! kk
Nossa, no dia foi exaustivo!
Mas ainda bem que terminou tudo bem! rs
Ai So, realmente, o bom é que a gente aprende com os perrengues e leva pra vida, né?
Sim, bem isso, Fefa!
Aprendemos e depois damos risada deles.
Beijos,
Flor que postagem, sabe que queria muito participar de grupos de blogagem coletiva , no caso você participa? Suas inspirações em fotos são demais tambem
Oi Sica, fico muito feliz que gostou dos posts e fotos.
Participo periodicamente de uma blogagem coletiva de viagem.
Caramba… Que perrengue! Fiquei cansada só de ler o post imagina vocês vivendo tudo isso! Deve ter sido muito cansativo e frustrante… 🙁
Foi sim, Pam, mas observando hoje, isso me trouxe muitos aprendizados e até já damos risada do acontecimento.rs
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